Covid-19
Os exames de detecção da COVID 19 são um importante auxílio no diagnóstico da doença. Você sabe quais são as diferenças entre eles? Conheça os testes disponíveis no Laboratório Mont'serrat e suas indicações.
Os exames de detecção da COVID 19 são um importante auxílio no diagnóstico da doença. Você sabe quais são as diferenças entre eles? Conheça os testes disponíveis no Laboratório Mont'serrat e suas indicações.
Recomendado para pacientes assintomáticos ou a partir do 12° dia de ínicio dos sintomas ou do provável contágio.
Necessário agendamento prévio.
Indica se está com a infecção ativa (IgM) ou se já teve contato com o vírus (IgG). Prazo de liberação : liberado no mesmo dia da coleta até as 20horas.
Material: sangue
Recomendado para paciente do 2° ao 7° dia de ínicio dos sintomas, que apresentem febre, tosse seca, cansaço, entre outros. Necessário agendamento prévio.
Realizado em swab nasal
Prazo de liberação em: máximo em 2 dias úteis
Disponibilizamos o laudo em inglês para os que necessitam apresentar o exame nas viagens!
Recomendado para paciente do 2° ao 7° dia de ínicio dos sintomas, que apresentem febre, tosse seca, cansaço, entre outros. Necessário agendamento prévio.
Realizado em swab nasal.
Prazo de liberação: no mesmo dia da coleta até as 20hrs
Recomendado para pacientes a partir do 15°dia do inicio dos sintomas ou provável contágio. Indicado também para verificar imunidade pós vacinal.Indica se teve contato prévio e se formou anticorpos neutralizantes. Exame indicado para verificar se a pessoa esta imune no momento.
Material: sangue
Prazo de liberação: 2 dias
O ImunoScov19® é um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA que utiliza uma metodologia mais sensível para identificar pacientes que já sofreram infecção pelo SARS-CoV-2 ou que possuem algum grau de imunidade cruzada com o vírus. O teste quantifica a concentração de anticorpos presente na amostra.
O teste apresenta uma altíssima sensibilidade (capacidade de identificar corretamente pessoas com imunidade contra o vírus) de 98,2%.
O teste detecta a presença de anticorpos de classe IgG — imunoglobulinas de tipo G — para a
proteína S total. Essa proteína é composta por três componentes (S1, S2 e tronco, que liga as duas partes) que formam a espícula viral do SARS-CoV-2. Esta estrutura fica na parte externa do vírus e tem papel fundamental na entrada do vírus na célula humana. A porção S1 é responsável pela ligação do vírus na célula humana (Docking) e a porção S2 pela internalização partícula viral para dentro da célula. A proteína S por ser responsável pela entrada do SARS-CoV-2 na célula humana estimula a produção de anticorpos chamados neutralizantes, que bloqueiam a infecção do vírus no corpo. Este é o único teste no
mercado que oferece a possibilidade de detecção de anticorpos contra a proteína S total conformacional
Sobre o Algoritmo criado para interpretar o teste: Os estudos de avaliação populacional deste teste, realizados com amostras obtidas através de uma parceria com a PUCRS e a UFRJ e utilizando amostras de pacientes saudáveis pré-Covid-19 (amostras obtidas até 2018) bem como amostras sabidamente positivas para COVID19, resultaram na criação de um algoritmo inovador que permite classificar os pacientes em quatro grupos distintos:
Grupo 1: Pacientes sem imunidade humoral detectável (que representam 60,15% da população)
Grupo 2: Pacientes com nível 1 de imunidade humoral cruzada (35,27% da população)
Grupo 3: Pacientes com nível 2 de imunidade humoral cruzada (4,58% da população)
Grupo 4: Pacientes com imunidade humoral pós-Covid-19
Entende-se por imunidade cruzada, a presença de anticorpos semelhantes aos gerados em uma infecção do Covid-19. Isto ocorre pela presença dos mesmos epítopos em patógenos diferentes. A homologia entre proteínas virais é comum. No caso de diferentes espécies de corona vírus esta homologia no geral chega a 75%, a subunidade S2 apresenta uma homologia ainda maior de quase 99%.
Ainda estamos avaliando se a presença de anticorpos de imunidade cruzada pode proteger o
paciente da infecção pelo SARS-CoV-2, mas já existem evidências neste sentido. Artigos publicados confirmam que uma antecipada reatividade cruzada à subunidade S2 está correlacionada à sobrevivência após doença severa. Um artigo na Science descreve que a existência de imunidade humoral pré-existente e “de novo” ao SARS-CoV-2 em humanos. Assim, a distinção entre estas imunidades será crítica para o nosso entendimento da suscetibilidade à infecção pela Covid-19 e/ou o curso natural da doença. Em outra referência encontramos que anticorpos que reconhecem um destes epitopos de fusão do peptídeo S2 estão implicados na neutralização viral. A sua presença prévia à infecção pelo SARS-CoV-2 pode mitigar a severidade da Covid-19.
Com o exposto, fica mais evidente que o ImunoScov19® também é o teste ideal para quantificar a imunidade pré-existente, bem como a imunidade adquirida após a infecção. Mais recentemente temos utilizado este ensaio para detectar a resposta humoral pós-vacinação. Demostramos recentemente que duas das vacinas disponíveis no Brasil (de RNA e de vírus inativado) produzem uma resposta humoral compatível com os níveis de resposta obtidos em pacientes que desenvolvera a Covid-19.