Cadeia Kappa/Lambda Leve Livre (Freelite) - urina
CADEIAS LEVES LIVRES - KAPPA/LAMBDA Devido à sua maior sensibilidade em relação à eletroforese de proteinas e imunofixação, permite detectar dois terços dos mielomas não secretores, anteriormente detectados apenas através de investigações de clonalidade de medula óssea. Permitiu também a identificação dos Mielomas Múltiplos (MM) de cadeia leve. O teste mais utilizado é um reagente para uso em plataformas de nefelometria denominado Freelite . Trata-se de anticorpos policlonais ligados a partículas de látex dirigidos contra os epítopos das cadeias leves que estão ocultos quando as mesmas estão ligadas às cadeias pesasas das imunoglobulinas e disponíveis somente quando as mesmas se encontram livres no soro. Sinônimos: Freelite Indicações: Indicado pelas diretrizes internacionais de diagnóstico e manejo das gamopatias monoclonais. Está indicado na triagem e diagnóstico diferencial, avaliação prognóstica e monitoração da resposta terapêutica. Interpretação clínica: A quantificação das cadeias leves livres é resultado da produção e do clearence renal. A relação Kappa/Lambda (K/L) é um indicador sensível de clonalidade. O aumento da cadeia leve causado por uma doença plasmocitária, geralmente, se deve ao aumento de apenas um tipo de cadeia leve, acompanhado da supressão medular da produção da outra cadeia leve, alterando a relação K/L. Pode estar alterada em doenças oligosecretoras, como MM de cadeia leve, amiloidose e doença de deposição de cadeia leve. Tem sensibilidade de 88 a 98% para o diagnóstico da amiloidose. Para o diagnóstico de MM de cadeia leve a sensibilidade é próxima a 100%, asism como é elevada no MM não secretor. A relação K/L alterada indica pior prognóstico na Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado (GMSI), no MM assintomático, no plasmocitoma solitário, no MM sintomático e na amiloidose. Avaliações seriadas são realizadas em amiloidose e MM oligosecretor. Idealmente, ´deve ser realizado em todo sos pacientes que atingem a remissão após o tratamento. A dosagem das cadeias leves livres possibilita a monitoração quantitativa dos pacientes com doença plasmocitária oligosecretora, incluindo amiloidose, MM oligosecretor e quase dois terços dos pacientes anteriormente definidos como MM não secretor. Em principio pacientes que apresentam relação K/L maior do que 1,65 apresentam excesso de cadeia leve livre Kappa, sugerindo que apresentem doença monoclonal Kappa. Quando a relação é inferior a 0,26 indica excesso de Lambda e se presume se portador de doença monoclonal Lambda. Quando há aumento da produção de imunoglobulina policlonal ou piora da função renal a concentração de ambas as cadeias pode aumentar no sangue; no entanto a sua relação costuma estar dentro do valor normal. Resultados de K/L anormais muito próximos do ponto de corte podem ser ocasionalmente vistos no aumento policlonal causado pela deterioração renal ou na hipergamaglobulinemia policlonal causada por doenças inflamatórias ou infecciosas, doenças autoimunes e Diabetes Mellitus.