DEHIDROEPIANDROSTERONA (DHEA), SALIVA

A dehidroepiandrosterona é sintetizada pelo córtex da adrenal, sendo seu principal andrógeno. Apresenta meia vida plasmática curta e é convertida em DHEA-sulfato. Seus níveis são baixos durante toda a infância, elevando-se próximo à adrenarca, aumentam na puberdade e caem progressivamente após os 30 anos. Possui baixa afinidade pela SHBG, fato que leva a um alto clearence metabólico quando comparado com seu conjugado sulfatado (S-DHEA) e a uma variação significativa de seus níveis diurnos. Sua meia-vida mais curta faz com que possa ser utilizado em testes funcionais, como na investigação de defeitos da enzima 3-beta-hidroxi-esteróide dehidrogenase, em que se pode detectar valores muito elevados de DHEA após estímulo com ACTH. Sua produção excessiva pode estar associada a quadros de virilização com acne, hirsutismo. Indicações: Avaliação de síndromes com excesso de produção androgênica. Interpretação clínica: Encontra-se elevada em situações nas quais ocorre aumento da sua produção, como por exemplo, na síndrome de Cushing de origem adrenal (principalmente nos carcinomas), nos tumores androgênicos de origem ovariana ou adrenal e na hiperplasia adrenal congênita. Após a administração de dexametasona, retornam ao normal no hiperandrogenismo não tumoral, mantendo-se elevados no tumoral, já que este último não responde à supressão.

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