Distonia-parkinsoniana (SLC6A3) - sequenciamento
Gene: SLC6A3 Mutações: SEQUENCIAMENTO O parkinsonismo familiar genético ocorre em 10% dos casos. As suspeitas recaem sobre casos que apresentam início precoce (< 40 anos) ou história familiar positiva. Indicações: Estudo em casos com suspeita de doença de Parkinson familiar. Interpretação clínica: A distonia parkinsoniana infantil é uma síndrome neurológica hereditária extremamente rara que se apresenta na primeira infância com parkinsonismo e distonia hipocinética e que pode ser fatal. A doença apresenta-se um pouco depois do nascimento, com irritabilidade e dificuldades da alimentação, seguido de parkinsonismo progressivo, que se manifesta com tremor em repouso e bradicinesia, sinais de distonia, hipotonia axial, hipertonicidade do membro e do aparelho piramidal. Clinicamente pode ser parecida à paralisia cerebral. Retardo no desenvolvimento global e desenvolvimento motor deteriorado podem ocorrer durante a infância e os pacientes podem ter problemas para comunicar-se. O tratamento com L-dopa é ineficaz. Este transtorno é causado por mutações no gene SLC6A3 (5p15.33), que codifica para o transportador de dopamina (DAT1), que media na recaptação da dopamina extracelular ativa. As mutações neste gene levam a uma redução no nível do transportador de dopamina madura e, portanto, uma deterioração na neurotransmissão dopaminérgica. É herdada de forma autossômica recessiva. O gene do transportador humano de dopamina (SLC6A3) contém em sua região não codificante 3 '(UTR) um número variável de repetições em conjunto (VNTR). O alelo de 9 repetições no gene do transportador de dopamina encontra-se associado a um aumento dos níveis de dopamina do corpo estriado e relacionado a uma maior sensibilidade a comportamentos dependentes de estímulos de recompensa. Este polimorfismo é estudado com relação a sua possível implicação no déficit de atenção, comportamentos relacionados à tolerância e busca do risco e com alguns diversos transtornos neuropsiquiátricos.