Genotipagem de HIV
A genotipagem (sequenciamento de DNA) é o método de escolha para a identificação de mutações nos genes da protease e da transcriptase reversa do HIV-1, podendo predizer um possível fracasso terapêutico e relacionando que drogas não devem ser utilizadas na terapia anti-retroviral. Os resultados são interpretados em associação a dados referentes a tratamentos prévios e outras informações clínicas e laboratoriais relevantes. Sinônimos: Resistência a inibidores de protease e inibidores de transcriptase reversa; detecção de mutações associadas a resitência aos inibidores da protease e da RT. Indicação: Pacientes infectados por HIV-1 que exibem fracasso à terapia anti-retroviral e apresentam níveis de RNA viral superiores a 1.000 cópias por mililitro de sangue. Amostras com valores inferiores podem apresentar quantidades insuficientes de cDNA para as reações de amplificação e sequenciamento nucleotídico. Heterogeneidade genética viral e inibidores endógenos também podem impedir a obtenção de resultados favoráveis. O paciente deve estar usando a medicação pois as mutações deixam de ser detectadas após a suspensão do medicamento. Interpretação clínica: O teste é capaz de detectar mutações que estejam presentes em pelo menos 30% da população viral presente no paciente. O resultado deve ser interpretado em conjunto com a história dos medicamentos usados pelo paciente. Quando uma droga é suspensa, as mutações que geram resistencia a ela podem diminuir proporcinalmente em relaçao ao virus selvagem, e por este motivo deixam de ser detectadas. As cepas resistentes permanecem no individuo porém em proporção menor que a sensibilidade do teste que é de 30%. A proporção da cepa resistente aumenta quando a droga é reintroduzida. Por este motivo o teste indica as drogas em que o paciente não vai responder (para as quais mutações foram detectadas) do que as drogas que ele vai responder.