GLOBULINA LIGADORA DE HORMONIOS SEXUAIS
Proteína de alta afinidade pelos hormônios esteroides, geralmente utilizada para o cálculo da testosterona livre e biodisponível. Eleva-se com o uso de estrogênios, tamoxifen, fenitoína, hormônios tireoidianos, e nos casos de hipertireoidismo e na cirrose. Diminui com o uso de androgênios, glicocorticóides, hormônio do crescimento, no hipotireoidismo, na acromegalia e na obesidade. Na resistência a hormônios tireoidianos, seus níveis mostram-se normais, apesar da elevação desses hormônios, ou baixos se o paciente for hipotireoideu. Indicações: Diagnóstico e acompanhamento de hiperandrogenismo; monitoração da terapia de reposição de esteróides sexuais e anti-androgênicos; possível auxiliar no diagnóstico e acompanhamento da resistência à insulina e avaliação de risco cardiovascular e diabetes tipo 2, especialmente em mulheres; como marcadora da atividade hormonal tireoidiana Interpretação clínica: Condições que podem cursar com SHBG baixa: hiperandrogenismo leve a moderado, especialmente síndrome dos ovários policísticos (SOP) com resistência à insulina e obesas; nas pacientes com resistência à insulina e risco aumentado para diabetes, SHBG baixa pode prever a resistência insulínica progressiva. Condições que podem cursar com SHBG elevada: puberdade precoce central ou por outra causa que leve a aumento de testosterona; anorexia nervosa; tireotoxicose; gestação; presença da variante genética Asp327-> Asn que tem degradação mais lenta da SHBG. Quando a avaliação do estado funcional tiroidiano é dificultado por fatores como o uso de amiodarona, alteração de proteínas transportadoras, suspeita de resistência ao hormônio da tireóide ou de tireotropinoma, a SHBG elevada sugere tireotoxicose, enquanto o nível normal indica eutireoidismo.