TP53 - sequenciamento
A síndrome de Li-Fraumeni (LFS) é rara, de herança autossômica dominante, caracterizada por múltiplos casos de tumores primários de início precoce nos quais mutações do gene p 53 levam à perda de funções que suprimem mecanismos protetores contra o acúmulo de alterações genéticas. A reação em cadeia da polimerase (PCR) permite amplificar os 11 exons da região codificadora do gene p53 em DNA genômico. Indicações: Diagnóstico de síndrome de Li-Fraumeni; aconselhamento genético. Interpretação clínica: As mutações germinativas no gene supressor do tumor p53 são responsáveis pela maioria dos casos de LFS (80%). A maioria das mutações descritas até hoje é nos exons 5-8, que codificam um domínio de ligação de DNA crítico para a função do p53. Mutações que afetam a divisão também foram descritas. Jejum não necessário exames TRAB - ANTICORPO ANTI RECEPTOR DE TSH Os anticorpos anti-receptor de TSH (TRAB) influenciam na função e no crescimento glandular. O TRAB é de natureza heterogênea e, além de detectar anticorpos estimuladores, detecta também os bloqueadores do receptor do TSH. A metodologia usualmente empregada não diferencia os anticorpos como estimuladores ou bloqueadores, detectando-se somente valores elevados ou diminuídos de anticorpos contra o receptor de TSH, que serão relacionados às condições clínicas. Na doença de Graves (BDT) exercem predominantemente atividade estimuladora. Seus níveis diminuem com o uso de drogas antitireoidianas, podendo ser usados para predizer a recidiva da doença. A ausência de TRAB após tratamento diminui a tendência de recidiva, embora cerca de 25% de pacientes com TRAB negativo após a terapia não entrem em remissão. Podem estar presentes em alguns casos de tireoidite autoimune atrófica, tireoidite subaguda, tireoidite silenciosa e em recém-nascidos de mães portadoras de doença de Graves, devido à transferência feto-placentária. Indicações: Doença tireoidiana autoimune, geralmente o hipertireoidismo. Porém, como o TRAB dosa tanto anticorpos estimuladores do receptor de TSH como anticorpos bloqueadores do receptor, também poderá ser positivo em alguns casos casos de hipotireoidismo, tipicamente sem bócio. Está ainda indicado em avaliação de: remissão pós tratamento do BDT; risco para o feto em gestantes com hipertireoidismo; recém-nascidos de mães com BDT, com sintomas compatíveis com hipertireoidismo; diagnóstico diferencial entre BDT bócios multinodulares tóxicos. Interpretação clínica: Apesar de positivo em 90% de pacientes com a fase de hipertireoidismo da doença tireoidiana autoimune (Doença de Graves), a dosagem do TRAB não é rotineiramente necessária para o diagnóstico do BDT. Ao final do tratamento com antitireoidianos, a sua positividade tem valor preditivo, que varia de 45 a 75% em várias séries, para recidiva da doença. Em alguns casos de diagnóstico diferencial de hipertireoidismo, como em pacientes com bócio multinodular, um resultado fortemente positivo sugere Doença de Graves. Em gestantes, altos títulos de TRAB no terceiro trimestre, geralmente mais de três vezes o valor de referência, indicam um risco aumentado de disfunção fetal e/ou neonatal. A sua dosagem pode ser necessária para a avaliação de recém-nascidos de mães com doença de Graves, que apresentem alterações compatíveis com hipertireoidismo, uma vez que ocorre a passagem transplacentária desses anticorpos. Podem estar positivos, diminuindo até negativar em semanas após o nascimento, com resolução do hipertireoidismo. Em alguns casos de diagnóstico difícil de oftalmopatia, nos quais não esteja evidente se há doença tireoidiana, pode ser útil, mas os procedimentos de imagem de órbita podem fornecer informações mais precisas. Como o TRAB identifica os anticorpos anti-receptores do TSH, sejam eles estimuladores ou bloqueadores, pode contribuir para o diagnóstico de hipotireoidismos sem bócio de difícil diagnóstico. "