URÉIA URINÁRIA - 24h

A ureia é o metabólito quantitativamente mais importante do catabolismo das proteínas (principal fonte de excreção do nitrogênio) e da desaminação dos aminoácidos (ciclo da ornitina, que libera NH2-amoníaco). Produzida no fígado, passa para a circulação sanguínea, onde é degradada em níveis intersticiais e eliminada pelo suor, pelo trato gastrointestinal e pelo rim. Livremente filtrada pelos glomérulos, dependendo do estado de hidratação, entre 40% a 80% de seu volume são reabsorvidos nos túbulos proximais. Sua concentração varia em indivíduos sadios, com influência de diversos fatores, como grau de hidratação, proteína da dieta e função renal. Indicações: Avaliação da função renal de baixa sensibilidade; cálculo do clearence de ureia. Interpretação clínica: A excreção de ureia depende do fluxo urinário: quando ele é menor do que 2mL/min, uma proporção maior é reabsorvida. Conseqüentemente, o clearance de uréia pode subestimar a taxa de filtração glomerular. Além disso, a produção de uréia também depende de inúmeras variáveis não-renais, como dieta e síntese hepática, tornando-a de pouca utilidade como medida da taxa de filtração glomerular. É mais utilizada na avaliação dos compostos urinários nitrogenados não-protéicos e na medida da taxa de produção de uréia. Jejum não necessário examesUrina Tipo I O EAS é um dos exames mais utilizados como triagem das principais funções metabólicas do organismo, doenças renais, infecções urinárias, doenças sistêmicas e grau de hidratação, através da Urina. Hoje, os métodos automatizados permitem uma avaliação padronizada dos elementos presentes na amostra examinada, por meio de leitores ópticos de tiras reagentes. Indicações: Este exame visa detectar os elementos anormais e analisar o sedimento urinário em amostras de Urina. Interpretação clínica: Elementos anormais: - Aspecto: a turvação na Urina, geralmente, resulta da presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias e cristais amorfos. E, com menor frequência, da presença de lipídios, muco, linfa, cristais, leveduras e matéria fecal. - Cor: as colorações anormais da Urina mais frequentes são o vermelho, variando de rosado a negro pela presença de sangue, hemoglobina ou mioglobina, e o amarelo escuro ou âmbar pela presença anormal de bilirrubina. - Densidade: é definida pelo número e tamanho das partículas presentes. Os principais responsáveis são a uréia, os cloretos e os fosfatos. Glicose e contrastes radiológicos elevam de forma importante a densidade urinária. - pH: aumenta em dietas ricas em frutas e vegetais, alcalose metabólica sem perda de potássio, vômitos prolongados, alcalose respiratória, infecção do trato urinário por microrganismos que utilizam a uréia, como Proteus spp e Pseudomonas spp, após refeições, acidose tubular renal, acidose tubular renal e terapia alcalina.

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