VITAMINA D - 25 HIDROXI
É o metabólito utilizado para a determinação de suficiência de vitamina D (VD) por ser o metabólito mais abundante e estável. Sua meia vida é de 2 a 3 semanas e a regulação de sua hidroxilação hepática é pobremente regulada pelo fígado, de modo que os níveis circulantes refletem diretamente a VD ingerida e/ou sintetizada na pele. Por outro lado a 25 OHD tem alta variabilidade intra individual, de até 40,3%, e seus níveis séricos são altamente dependentes de fatores ambientais e da exposição direta aos raios UVB. Também é vista heterogeneidade entre grupos raciais quanto às manifestações da deficiência de VD, devido a polimorfismos da proteína ligadora de VD (DBP), a principal proteína ligadora da VD da qual dependem suas concentrações séricas. Vários fatores podem interferir na dosagem da VD e devem ser levados em consideração quando da sua interpretação. Mulheres em uso de anticoncepcionais orais podem ter níveis elevados devido à maior produção de DBP. Por outro lado os níveis de DBP podem estar diminuídos em estados hipoproteinêmicos, como na síndrome nefrótica. A absorção de VD pode estar diminuída em pacientes com doenças hepáticas, biliares ou gastrointestinais, por diminuição de absorção e produção inadequada de bile. Medicações como colestiramina e laxativos à base de óleos minerais podem inibir a absorção de VD. Jejum não necessário examesVITAMINA D 1,25 DIHIDROXI A 1,25 (OH)2D tem concentração no sangue 1.000 vezes menor do que o seu precursor, a 25 hidroxi vitamina D (25OHD) e meia vida curta, não sendo indicada na avaliação de suficiência de vitamina D. Seu principal uso é na avaliação de hipercalcemia não dependente de paratormônio (PTH), podendo, por exemplo, estar elevada na sarcoidose por aumento da conversão de 25OHD pelo tecido granulomatoso, por outras doenças granulomatosas, assim como ser produzida em doenças malignas hematológicas por certos tumores. Nos casos de raquitismos genéticos, encontra-se muito elevada na resistência à 1,25 (OH)2D3; já no raquitismo por deficiência da enzima 1-?-hidroxilase pode estar diminuída, dependendo do nível da deficiência. Indicações: Avaliação das doenças decorrentes de alteração de síntese ou da sensibilidade periférica à 1,25 (OH)2D3. Interpretação clínica: No raquitismo por deficiência de 1 alfa hidroxilase a concentração da 1,25 (OH)2D pode estar desde diminuída, se o defeito for severo. Se o defeito for parcial a elevação da 25 OHD3 pode compensar a deficiência enzimática e o nível da 1,25 (OH)2D3 pode estar dentro dos valores de referência. Ao contrário, pacientes com resistência periférica à vitamina D, causada por mutações no receptor de vitamina D, tem concentração muito elevada de 1,25 (OH)2D e respondem mal ao tratamento com calcitriol. As concentrações na hipercalcemia não dependente de PTH são variáveis, mas geralmente acima dos valores de referência e cursam com PTH suprimido. Uso: Auxiliar no diagnóstico de hiperparatiroidismo primário, hipoparatiroidismo, pseudoparatiroidismo, "