Recomendado para pacientes a partir do 15°dia do inicio dos sintomas ou provável contágio. Indica se teve contato prévio e se formou anticorpos contra a proteina S do vírus. O resultado é expresso em unidades e indica a probabilidade da pessoa estar imune no momento.
Material: sangue
Prazo de liberação: 2 dias
O ImunoScov19® é um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA que utiliza uma metodologia mais sensível para identificar pacientes que já sofreram infecção pelo SARS-CoV-2 ou que possuem algum grau de imunidade cruzada com o vírus. O teste quantifica a concentração de anticorpos presente na amostra.
O teste apresenta uma altíssima sensibilidade (capacidade de identificar corretamente pessoas com imunidade contra o vírus) de 98,2%.
O teste detecta a presença de anticorpos de classe IgG — imunoglobulinas de tipo G — para a
proteína S total. Essa proteína é composta por três componentes (S1, S2 e tronco, que liga as duas partes) que formam a espícula viral do SARS-CoV-2. Esta estrutura fica na parte externa do vírus e tem papel fundamental na entrada do vírus na célula humana. A porção S1 é responsável pela ligação do vírus na célula humana (Docking) e a porção S2 pela internalização partícula viral para dentro da célula. A proteína S por ser responsável pela entrada do SARS-CoV-2 na célula humana estimula a produção de anticorpos chamados neutralizantes, que bloqueiam a infecção do vírus no corpo. Este é o único teste no
mercado que oferece a possibilidade de detecção de anticorpos contra a proteína S total conformacional
Sobre o Algoritmo criado para interpretar o teste: Os estudos de avaliação populacional deste teste, realizados com amostras obtidas através de uma parceria com a PUCRS e a UFRJ e utilizando amostras de pacientes saudáveis pré-Covid-19 (amostras obtidas até 2018) bem como amostras sabidamente positivas para COVID19, resultaram na criação de um algoritmo inovador que permite classificar os pacientes em quatro grupos distintos:
Grupo 1: Pacientes sem imunidade humoral detectável (que representam 60,15% da população)
Grupo 2: Pacientes com nível 1 de imunidade humoral cruzada (35,27% da população)
Grupo 3: Pacientes com nível 2 de imunidade humoral cruzada (4,58% da população)
Grupo 4: Pacientes com imunidade humoral pós-Covid-19
Entende-se por imunidade cruzada, a presença de anticorpos semelhantes aos gerados em uma infecção do Covid-19. Isto ocorre pela presença dos mesmos epítopos em patógenos diferentes. A homologia entre proteínas virais é comum. No caso de diferentes espécies de corona vírus esta homologia no geral chega a 75%, a subunidade S2 apresenta uma homologia ainda maior de quase 99%.
Ainda estamos avaliando se a presença de anticorpos de imunidade cruzada pode proteger o
paciente da infecção pelo SARS-CoV-2, mas já existem evidências neste sentido. Artigos publicados confirmam que uma antecipada reatividade cruzada à subunidade S2 está correlacionada à sobrevivência após doença severa. Um artigo na Science descreve que a existência de imunidade humoral pré-existente e “de novo” ao SARS-CoV-2 em humanos. Assim, a distinção entre estas imunidades será crítica para o nosso entendimento da suscetibilidade à infecção pela Covid-19 e/ou o curso natural da doença. Em outra referência encontramos que anticorpos que reconhecem um destes epitopos de fusão do peptídeo S2 estão implicados na neutralização viral. A sua presença prévia à infecção pelo SARS-CoV-2 pode mitigar a severidade da Covid-19.
Com o exposto, fica mais evidente que o ImunoScov19® também é o teste ideal para quantificar a imunidade pré-existente, bem como a imunidade adquirida após a infecção. Mais recentemente temos utilizado este ensaio para detectar a resposta humoral pós-vacinação. Demostramos recentemente que duas das vacinas disponíveis no Brasil (de RNA e de vírus inativado) produzem uma resposta humoral compatível com os níveis de resposta obtidos em pacientes que desenvolvera a Covid-19.